Ao som do jazz e sob efeito de pelo menos quatro doses de Chivas ela discursava sobre coisas que faziam meu corpo reagir involuntariamente... Por vezes me acalmava falando sobre planos de investimentos, jóias, perfumes ou sobre como preferia um "dezoito anos" Entre uma tragada e outra de sua cigarrilha ela gesticulava balançando seu corpo e com os olhos fincados nos meus Porém, as únicas coisas em que eu conseguia prestar atenção eram em como o arredondado dos seus seios era tão perfeito e em como ela conseguia ter um sorriso infantil com toda aquela sensualidade.... Talvez aquele fosse o mistério que me prendia a ela... Eu me embriagava com um vinte e cinco anos, que mesmo ela reclamando também não largava... Com o charuto que estava em minhas mãos com uma forte brasa e todo aquele cheiro doce que suavemente vinha de sua nuca... Uma boca quente Um lençol de seda
Num beijo quase não provado ela se entregou novamente a algumas palavras frias e ao mesmo tempo sentimentais... Ela gosta de ambiguidade! Ela gosta de loucuras! Ela gosta de mulheres?! "Que loucura... Não sei bem o que sinto... Só sei que o que mais gosto nela é não deseja-la! É querer que ela esteja por perto... É querer que ela corra de mim... E sua boca... E minha boca.... Como meu corpo pede um toque do seu... Minha língua implora seus lábios... Minhas mãos repudiam o corpo que meus olhos despem... Ter você é como ter uma pequena joaninha... Se eu realmente a tivesse, não saberia o que fazer, deixaria voar... Mulheres..." Qualquer homem ficaria excitado com essa carta... Eu fiquei assustado... Ainda estou tentando entender essa mudança...