Pular para o conteúdo principal

Corpos

Mas nunca busquei outros corpos
Eles estavam mortos e somente o teu sobrevivia
Antes até que pudesses dar bom dia, dormi.
Caindo aos prantos sonhei com os corpos
mortos
Sonhei com as alegrias não vividas sonhei com as fantasias não sonhadas
Sonhei até com os amores de nois dois
inexistentes desde a primeira vez que dormimos juntos
Não houve bom dia
Não tivemos boa noite
Não houveram nem resquícios de nada
Nem nada houve
Se pelo menos não houvesse nada pra sonhar
Não haveria nada pra esquecer nem nada pra lembrar
Nunca busquei outros corpos que me aquecessem
Por isso essa noite dormi sozinha pensando em você
Chorei,
A mistura confusa dos meus sentimentos
Não uma misura homogenea...
Uma mistura, simples e pura.
Ódio, amor e dor...
Sentimentos que não sei definir
mas mesmo assim, os corpos, vivos ou mortos, toda noite vem me procurar.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Eros

Deliro no prazer da minha luxúria, insana; Vivendo minha vida profana faço meus rabiscos num papel já riscado... Você faz parte do meu presente-passado, Que eu insisto manter. Eu te pinto como eu quero, diferente do real, Somente pra satisfazer meus pensamentos... Sei que como eu te faço, torno-te irreal-ideal! Simples e perfeito para minha insana lucidez Será que eu completo teus sonhos?

Amor e medo - ultima carta?

Com tantas marcas na alma ela ficou um bom tempo sem me escrever... Eu todos os dias verificava minha caixa de correios... eram propagandas, cobranças, mas nunca mais as letras infantis daquela senhora... Até que uma noite surge por sob a porta um papel molhado... não sei se de lágrimas ou da chuva forte que caia... Não deu tempo de ver ninguém colocando aquele papel... quando vi, já estava lá! " Querido, sinto a demora na hora de demonstrar meus sentimentos... Nem tenho mais a certeza de sentir... Não sei se é realmente o que eu quero... Amar? sofrer... Tua poesia satisfaz meu ego, mas não meu coração... sinto, não mais lhe escreverei, talvez não procures mais minhas cartas, mas desta vez meus olhos a te fitar... te implorar.. tão perto e tão longe... distante... A longa distancia de um olhar!" Nunca fiquei tão confuso quanto desta vez.

Sereia

O oceano que há dentro de mim é tão grande que chego a me perder Por isso trago marinheiros com meu canto Para não me sentir tão sozinha no fundo do meu mar...